Séries

Um psicólogo que se fazia passar com sucesso por vidente é desmascarado pela ex-mulher e regressa à sua terra natal, uma vila do litoral, onde passa a ter, de facto, experiências sobrenaturais. Céptico, tenta justificar de forma científica as aparições e premonições que começa a ter mas, progressivamente vai aceitar esse “dom”, quando começa a ajudar as pessoas da terra. Contudo, uma visão repetida de uma criança que ele não conhece começa a perturbá-lo, sobretudo porque essa criança parece estar em perigo de vida. Quando reencontra a sua ex-namorada da adolescência, que entretanto casou e tem um filho, reconhece a criança da visão, que vem a descobrir que é na verdade o seu próprio filho que ela nunca lhe revelou. Quando começa a identificar as pistas da visão que prevêem uma tragédia que irá acontecer ao seu filho, vai tentar tudo para a evitar, tendo de lutar contra a descrença e oposição do marido da ex-namorada, os ciúmes da sua nova relação, uma vizinha por quem se apaixona, e contra todas as dificuldades reais e imaginárias, normais e paranormais, de forma a salvar o filho.

Diana decidiu que não valia a pena continuar a estudar depois da vida lhe ter pregado dois pares de estalos. O primeiro deles foi a morte do pai Manuel que fora despedido. A empresa, onde trabalhara toda a vida, entrara em crise e puseram dezenas de homens e mulheres na rua. Diana era a menina dos seus olhos. Por ela trabalharia até doer. Por ela e por Augusta, sua esposa. Mas Manuel, convenceu-se que estava velho, incapaz, improdutivo, sem forma de arranjar sustento para os seus. Entrou em depressão. E uma tarde, Diana chegou da escola e o pai balouçava sinistramente enforcado. Diana tinha 9 anos. Aguentou o embate, ajudando a mãe doente, indo à escola, bebendo as lágrimas da ausência e da saudade. A morte do marido acelerara a doença da mãe e numa noite de grande sofrimento, veio a ambulância e levou-a para o hospital. Nessa mesma noite, o Bifanas, o maior bandido do Bairro foi falar com ela. Estava assustada e o Bifanas acalmou-a. Enquanto o seu grupo pudesse, Diana podia contar com eles. Mas Augusta morre e Diana fica órfã. Não chorou. Não se lamentou. Uma estranha fúria tomou conta de si e da sua desgraça. E dois dias depois foi oferecer-se para o bando do Bifanas. Vinte e cinco anos depois… Diana é uma mulher sofisticada quando contacta com gente dos negócios, da banca e da política, e é a ladra mais audaciosa, capitaneando as mais audazes operações contra os poderosos que muitas vezes a cortejam e tentam seduzir. Não se tornou apenas numa mulher poderosa. No Bairro, e um pouco por toda a cidade, é conhecido o seu altruísmo para com os aflitos. Ajuda os mais necessitados. Compra-lhes remédios. Dá-lhes de comer. Mas tem uma vingança por realizar. Jurou que haveria de acabar com os homens que destruíram a vida de seu pai. Aprendeu a utilizar o computador com perícia, fez de Batman o seu motorista e homem de confiança, e acha que chegou a hora de começar a vingar a morte do seu pai, despedido por ingratidão daqueles que pensaram no seu poder pessoal e esqueceram os direitos dos mais fracos. Rainha da cidade, benemérita dos pobres, vingadora das memórias mais sofridas, distribuidora de afectos, a grande operacional do crime desdobra-se em mil actividades.